2 de jul. de 2009

Considerações finais sobre Cannes: as unanimidades

Esse post vai entrar atrasadinho, mas antes tarde que nunca.

1) O Grand Prix de Press. Todo ano ele é cercado de polêmicas. Uns amam, outros odeiam. Este ano foi diferente. Todos odiaram. A piada deve ser velha agora, mas retirei do blog do brother Thiago Biazetto, sócio-diretor de criação da Tif, de Curitiba, uma "continuação" da campanha com o presidente do júri de Press e Film, David Lubars.
http://www.tif.com.br/ipi/22-06-2009-are-we-animals/

2) O shortlist de filmes. Quem assiste o longlist, invariavelmente, sai com uma impressão: "está tudo uma bosta." Quando vê o shortlist, muda a sensação: "até que tem coisa boa." Dessa vez a sensação do shortlist foi diferente, mas igual pra todo mundo: "cadê o Grand Prix"? Não tinha um Gorilla, não tinha um Tag da Nike, não tinha a Montanha do Playstation, não tinha o Noitulove da Guinness. Ficou a sensação de que as grandes ideias não estão mais em TV.

3) Como li em algum lugar (desculpe não dar a fonte, procurei mas não achei): "morreu o formato, ficou a ideia". Todo mundo saiu com a sensação de que o papel da comunicação, hoje, não é mais criar uma campanha. É receber o problema do cliente e entregar uma solução que não necessariamente cabe em um formato. Pode ser criar um emprego (Best Job in The world). Pode ser criar uma marca de feijão que custe 10 centavos (Zuji Beans).

E uma última reflexão para nós, que trabalhamos no mercado mineiro, tão dependente de verbas públicas, que são invariavelmente tão "caretas" na comunicação": o Grand Prix de Titanium, a categoria mais importante e difícil do Festival, foi para uma campanha política. Discordar, quem há de?


Espero ter contribuído.

Dan Zecchinelli
Dir. Criação da Filadélfia

2 comentários:

Zé Celso disse...

Morreu o formato. Ficou a ideia.

http://www.ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=40213

Taí a fonte.

Marina Hermont Camelo disse...

Claro que contribuiu, Dan. Agradeço aqui em nome de todos os visitantes do Blog.